Para estar presente no Mundial da África do Sul, Portugal tem que ganhar hoje
à Dinamarca, no seu reduto, vingando a derrota de Alvalade 3-2, num jogo em que a Selecção das Quinas foi superior mas não teve engenho para transformar em golos essa superioridade. Os Dinamarqueses, na hora de marcar, são frios e calculistas e basta-lhes uma ou duas oportunidades para facturar. Por isso mesmo, é necessário muita cautela para não sofrer golos e tornar ainda mais difícil a tarefa do apuramento.
No momento em que escrevo esta crónica, o jogo entre Portugal e a Dinamarca está no intervalo e os meus receios não eram infundados. Portugal exerceu um domínio avassalador a partir dos 20 minutos de jogo e tanto Cristiano Ronaldo como Simão Sabrosa podiam ter marcado em pelo menos duas ocasiões. Os dois jogadores estiveram em posição privilegiadíssima para marcar, em frente ao guarda-redes mas atiraram à figura em duas ocasiões e noutras duas atiraram para fora.
Em futebol costuma dizer-se que quem não marca se arrisca a sofrer golos e assim aconteceu. Já quase a terminar a primeira parte, numa jogada rápida de contra-ataque, os dinamarqueses colocaram a bola na grande área e um dos avançados (creio que fez falta antes sobre o defesa português), dominou a bola com o peito e de pé esquerdo introduziu a bola na baliza sem hipóteses para Eduardo.
Na segunda parte, se Portugal continuar tão perdulário, a desperdiçar ocasiões flagrantíssimas de golo, então a Dinamarca conseguirá ganhar a partida, ficar à frente de Portugal com dez pontos de avanço e assegurar o primeiro lugar do grupo, um pouco à custa da Selecção das Quinas a quem impôs duas derrotas, cenário completamente impensável antes dos jogos se realizarem.
Enquanto há vida há esperança e, de facto, se Portugal conseguir fazer uma boa segunda parte e traduzir em golos o futebol jogado, é bem possível que ainda consiga dar a volta ao resultado.
Talvez a entrada de Liedson e Nani fosse capaz de dar uma maior acutilância ao ataque da Selecção Portuguesa e, quem sabe, marcar dois ou três golos a uma Selecção que me parece estar perfeitamente ao alcance da equipa das Quinas.
Fico-me por aqui para ver a segunda parte e faço votos para que possa festejar pelo menos dois golos sem resposta.
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