terça-feira, 15 de setembro de 2009

A ÁGUIA ESTÁ PUJANTE


Não sei se é para continuar assim, a ganhar jogos e a dar espectáculo mas de facto, há muitos anos que não tinha o privilégio de ver a equipa do Benfica a jogar desta maneira, tomando conta do jogo, pressionando e empurrando o adversário para junto da sua área, marcando golos (o Benfica tem uma média de 2,8 golos por jogo) e criando muitas outras ocasiões para marcar.

É certo que o Benfica empatou o primeiro jogo, em casa, com o Marítimo, mas o resultado final de 1-1, é tremendamente injusto porque exerceu um domínio avassalador, criou imensas ocasiões de golo e até Cardoso falhou a transformação de uma grande penalidade que a ser convertida daria a vitória aos encarnados.

Pode dizer-se que o jogo com o Marítimo foi uma daquelas partidas de futebol em que o Benfica mesmo que continuasse a jogar toda a noite, dificilmente chegaria ao golo, pois na hora de marcar ou a bola batia na trave, no poste, no corpo dos adversários ou saía ligeiramente ao lado dos postes ou por cima da barra.

A equipa madeirense ainda hoje se questiona como conseguiu ganhar um ponto em casa do SLB, tal foi a sua supremacia e provavelmente não voltará a cometer outra proeza desta natureza em jogo com idênticas características.

Depois do empate no jogo inaugural, o Benfica foi a Guimarães ganhar por 1-0, recebeu no seu estádio o Vitória de Setúbal e infligiu-lhe uma pesada derrota de 8-1 e no último domingo foi ao Restelo derrotar o Belenenses por um expressivo 4-0.

Mas o facto mais relevante nestes quatro jogos é que a equipa do Benfica manteve, de princípio ao fim, uma extraordinária dinâmica de vitória, sempre superior aos seus adversários, controlando o jogo e criando muito perigo junto à balisa adversária.

Aquelas vitórias sofridas a que estavam habituados os benfiquistas, desapareceram quase que por magia e agora, em vez da incerteza do resultado, já só pensam por quantos vai ganhar o seu clube.

A equipa já apresenta uma certa coesão e algumas rotinas automatizadas dentro das quatro linhas e acima de tudo faz muita posse de bola, obrigando o adversário a grande desgaste. Quando a percentagem de passes certos subir um pouco mais, a eficácia ofensiva do Benfica pode ser ainda melhor.

Jorge Jesus está a fazer um bom trabalho e a aguentar muito bem a pressão que advém do facto de estar a treinar o maior clube português que ganhou apenas um campeonato nos últimos catorze anos e estar, por isso mesmo, obrigado, em cada época que se inicia, a jogar para ser campeão.

Para já, os jogadores estão a corresponder às expectativas, a jogar com grande alegria e a dar tudo em campo. Não sendo uma equipa de grandes estrelas, o plantel do Benfica é equilibrado e possui boas soluções para todos os sectores.

Estamos no início, o Campeonato vai ser longo e difícil, os benfiquistas não podem entrar em euforias porque é necessário esperar até às derradeiras jornadas, lá para Março/Abril para ver se o Benfica consegue lá chegar em primeiro lugar.

Se a dinâmica se mantiver é bem natural que o Benfica possa ser campeão.

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