quinta-feira, 28 de abril de 2011

BENFICA, 2 - BRAGA, 1



Com arbitragem portuguesa, o Benfica tinha perdido o jogo

A equipa do Sporting de Braga é durinha e alguns dos seus jogadores são verdadeiros artistas na arte da simulação. Os seus jogadores, ao longo da partida, arranjam sempre casos para desconcentrar e massacrar psicologicamente o adversário. Nos jogos em que defrontou o Benfica, tanto na época passada como nesta, os jogadores do Braga abusaram nas jogadas faltosas e nas simulações, com a complacência das equipas de arbitragem que deixam passar em claro todos esses abusos.

No jogo desta noite, o Braga começou por fazer a mesmíssima coisa mas o árbitro não era português, era o Senhor Craig Thompson, de nacionalidade escocesa e isso fez toda a diferença.

Nenhum árbitro português mostrava o primeiro cartão amarelo aos 6 minutos de jogo a Rodriguez por travar Aimar.

Nos jogos entre o Benfica e o Braga, a equipa encarnada é sempre muito mais penalizada com faltas e cartões amarelos, precisamente porque muitas das infracções são marcadas ao contrário. Este Juiz, no lance em que Javi Garcia foi expulso, marcaria falta a Alan que de facto entrou duro sobre o jogador benfiquista.

Há, de facto, por parte dos árbitros estrangeiros muito mais acerto e justiça. O árbitro desta noite esteve à altura e não permitiu que os jogadores do Braga praticassem o tipo de jogo duro e quezilento de outros jogos contra o Benfica.

Aos 39 minutos mostrou novo cartão amarelo a Vandinho por falta sobre Coentrão, dizendo-lhe que era a terceira ou quarta falta que cometia e aos 43 minutos voltou a mostrar cartão amarelo a Miguel Garcia. Com árbitros portugueses, estes jogadores teriam ficado a rir-se por debaixo do bigode e a repetir as mesmas faltas.

É que este árbitro entrou em campo com o propósito de ser isento e sem palas nos olhos e, por isso mesmo, esteve bem, técnica e disciplinarmente. Viu bem as faltas, os foras-de-jogo, as simulações e não inventou situações que não existiram no jogo. Com árbitros desta categoria, o futebol fica a ganhar e muito.

Para o jogo da segunda mão, em Braga, há a certeza de ser nomeado novo Juiz estrangeiro. Seja de que País for, há a certeza de que vai ser imparcial e, nesse aspecto, o Benfica tem muito a ganhar porque pode ficar tranquilo com a arbitragem e concentrar-se exclusivamente no jogo.

O Braga não vai poder fazer o tipo de jogo duro nem simular faltas porque o árbitro não lho vai consentir. No jogo de hoje, aos 10 minutos, o Braga já tinha sido penalizado com uma série de faltas que com um árbitro português não tinham sido assinaladas e os cartões amarelos tinham sido mostrados ao contrário.

Porque será que no jogo desta noite, o Braga contabilizou mais faltas que o Benfica? Nos outros jogos, tem acontecido precisamente o contrário. De facto, mais uma vez ficou provado que em jogos equilibrados, a actuação da equipa de arbitragem tem uma importância fundamental e muitas vezes, a decisão do jogo é da sua responsabilidade, quando marca um penalti que não foi, quando não marca um penalti que existiu, quando não assinala um fora de jogo que resultou em golo, quando faz vista grossa a faltas perigosas nas imediações da grande área, quando não expulsa um jogador ou quando o expulsa injustamente, etc. Em Portugal, as arbitragens têm fabricado muitos resultados e essa situação envergonha o desporto.

Parabéns ao F. C. Porto que infrigiu uma pesada derrota à equipa espanhola do Villa Real e conquistou, praticamente, o passaporte para a final. Não acredito que a equipa espanhola tenha capacidade para derrotar o Porto por 4-0 e poder passar à final.

Porém, se o Porto já está na final, do jogo de hoje entre o Benfica e o Braga, nada ficou resolvido. O jogo da segunda mão, na próxima quinta-feira, em Braga, será o tira-teimas e determinará quem se juntará ao Porto.

Que ganhe quem em campo demonstrar melhor futebol.

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