Neste primeiro jogo de apuramento para o Europeu 2012, parece ter falhado o "piloto automático"
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De facto, é inacreditável o que os dirigentes federativos estão a fazer. Toda a gente viu a péssima prestação da Selecção Portuguesa na fase de apuramento para o Campeonato do Mundo, integrada num grupo muito acessível e depois todo o mundo do futebol voltou a ver uma participação muito frouxa da Selecção na fase final do Campeonato do Mundo, muito aquém das suas possibilidades.
Ao regressar a Lisboa, vencida que foi nos oitavos de final pela Espanha, a Federação Portuguesa de Futebol, deveria ter imediatamente rescindido, de preferência, amigavelmente, o contrato com o Senhor Carlos Queiroz. Não tomou essa atitude e até veio dizer publicamente que o Seleccionador cumpriu integralmente os objectivos traçados para o Campeonato do Mundo da África do Sul.
Se isso tivesse acontecido, já não teria significado o incidente com a ADOP e provavelmente, neste momento, com outro seleccionador, teríamos a equipa das quinas altamente motivada para ganhar ao Chipre por 5 ou 6 bolas a zero, em vez de ter empatado o jogo, em casa, com um resultado humilhante de 4 a 4, produzindo uma péssima actuação, com fífias incríveis de alguns jogadores, incluindo o próprio Eduardo que no Mundial tinha defendido a baliza com muito acerto e valentia.
Neste momento, para além do Seleccionador Nacional, é necessário correr com toda a Direcção da Federação e também o Secretário de Estado do Desporto que teve uma actuação vergonhosa e sem sentido de Estado, no processo que opem a ADOP ao Seleccionador Nacional.
Onde é que já se viu um Secretário de Estado a tomar partido reiterado por uma das partes, antes de estar terminado o processo? Quem lhe encomendou tal actuação? A que se deve a sua desastrosa intervenção? Não haja dúvidas, esta Federação não tem ponta por onde se lhe pegue e, pelos vistos, a Entidade que poderia contribuir para ajudar a encontar uma solução, está ao mesmo nível. Assim não é possível acabar com a barafunda.
4-4 com o Chipre, em casa, é humilhante e não é compreensível este resultado, tendo em conta o valor de ambas as Selecções. Os nossos rapazes têm que adoptar em campo uma outra postura bem diferente se quiserem alcançar um resultado positivo na Noruega.
Pessoalmente, acho que a Selecção Portuguesa tem valor para derrotar a sua congénere norueguesa mas tal como andam as coisas, tenho muitas dúvidas que não venha a acontecer mais um desaire.
Pelos vistos, o piloto automático não é fiável e será mesmo preciso arranjar rapidamente um piloto credenciado e experiente para levar esta equipa das quinas a bom porto.
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