
JARA que entrou no início da segunda parte substituindo César Peixoto, pelo que jogou, não merecia sair derrotado
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Assisti ao Benfica/Académica pela televisão e não posso deixar de dizer que a primeira parte foi decepcionante. O jogo praticado por esta equipa na primeira parte, não é mais nem menos do que aquele que praticou durante épocas a fio, entre 1994 e 2008. Vimos uma Académica a jogar em casa de um adversário de peso, organizada e sem medo, criando algumas dificuldades ao último reduto benfiquista e marcando inclusivé um golo na sequência de um livre em que a defesa encarnada ficou a ver navios, completamente desconcentrada.
De facto, aquele Benfica que defrontou o Futebol Clube do Porto para a Supertaça, foi também uma equipa vulgaríssima, completamente dominada pelo adversário. Fez-me lembrar aqueles embates anteriores a 2009, em que normalmente o Benfica era dominado pelos azuis e brancos e quase sempre perdia os jogos.
Mau presságio para a época 2010/2011 e para uma equipa que pretende ser de novo campeã. Quem empata ou perde jogos em casa, muito dificilmente poderá ter aspirações a grandes vôos. Esta equipa está desorganizada, desgarrada, os sectores não se entendem, os jogadores fazem passes errados em demasia, não constroem jogadas perigosas e jogam a passo de caracol, dando todas as chances do mundo ao adversário para se organizar.
Para a segunda parte, esperava-se uma reacção positiva dos donos da casa e Jorge Jesus apostou no reforço Franco Jara, ficando no balneário César Peixoto, muito desinspirado ou desconcentrado, sempre atrasado na disputa da bola com os adversários.
A equipa começou a jogar com mais velocidade e a empurrar a Académica para o seu meio campo mas mesmo assim não surgiam grandes oportunidades de golo. Jara tentou várias vezes o pontapé de longe mas sem êxito, até que aos 62 minutos, correspondendo a um centro perfeito de coentrão, empurrou a bola para o fundo das redes. Estava feito o empate e havia ainda muito tempo para chegar à vitória, caso o seu ascendente de jogo continuasse a intensificar-se. Nesta altura a Académica jogava com menos um jogador, já que Addy tinha sido expulso aos 51 minutos com segundo cartão amarelo.
Para dar mais consistência ao meio-campo, Jorge Jesus substituiu Maxi Pereira por Carlos Martins mas a verdade é que a equipa do Benfica não teve inteligência e discernimento para chegar ao 2-1, já que a equipa da Académica lutou sempre com grande determinação para, pelo menos, levar um empate do Estádio da Luz.
Quando tudo parecia que o resultado seria efectivamente um empate, eis que Laionel, vendo Roberto adiantado, desferiu um pontapé a 30 metros que depois de embater no poste direito, entrou na baliza. Estava feito o 2-1 e consumada a vitória da Académica em pleno Estádio da Luz, um rude golpe para o Benfica e um péssimo começo de campeonato.
Resumindo: o Benfica tem dois jogos oficiais e duas derrotas. E se assim continuar a jogar vai repetir maus resultados.
Nos restantes jogos do Campeonato, o Porto foi ganhar à Naval com um penalty inventado pelo árbitro e, nesse aspecto, já leva 2 pontos a mais. O Nacional foi a Vila do Conde vencer o Rio Ave por 1-0, o Vitória de Setúbal foi à Madeira derrotar o Marítimo também por 1-0, O Braga começou da melhor maneira o Campeonato ganhando ao Portimonense por 3-1 e já é líder, o Sporting perdeu em Paços de Ferreira também pela margem mínima e o estreante e recém-regressado à Primeira Liga, o Beira-Mar, não foi além de um empate a zero, frente ao também promovido União de Leiria.
Claro que é a primeira jornada mas já deu para ver que vamos ter novamente um campeonato competitivo nos lugares cimeiros e com as equipas "pequenas" a fazer a vida negra aos "grandes".
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