
Só Eduardo foi brilhante! O resto... valha-me Deus... que pobreza!!!...
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No jogo do tudo ou nada ou do mata-mata, como diria Scolari, a Selecção Portuguesa foi presa fácil da congénere espanhola que evidenciou ao longo do jogo uma supremacia avassaladora e só não marcou mais golos porque o guardião português esteve imperial na defesa da baliza e não merecia aquele golo de David Villa, cujo primeiro remate defendeu magestosamente e depois os defesas não fizeram a sua parte, permitindo que o mesmo jogador fizesse golo na recarga.
Eduardo ficou destroçado e chorou como uma criança no final do jogo. Estava inconsolável e tinha razão para isso, já que fez uma exibição extraordinária, opondo-se com valentia aos muitos remates dos espanhois que ultrapassavam com alguma facilidade os defesas lusitanos.
Eduardo fez tudo o que estava ao seu alcance para que Portugal não perdesse mas dos restantes elementos da equipa não se pode dizer o mesmo porque não lhe seguiram o exemplo. Por várias vezes vi o guarda-redes luso, inconformado com o desenrolar do jogo, gesticular e berrar para os companheiros mas de nada lhe valeu porque os espanhois continuaram a mandar no jogo e a dar um tremendo baile de bola. Ao guarda-redes português só lhe faltou ir lá à frente, num impulso de raiva, fazer aquilo que os companheiros foram incapazes: marcar um golo aos espanhois e fazer chegar a decisão da eliminatória às grandes penalidades que aí, Eduardo, não tenho dúvidas, daria a vitória a Portugal.
Mas Eduardo talvez também tenha chorado de raiva por se ter apercebido que a equipa espanhola estava perfeitamente ao nosso alcance mas de facto os companheiros não jogaram nada e fizeram até, o pior jogo dos quatro que realizaram. Foi uma equipa desorganizada, desgarrada, sem posse de bola, com passes errados e bolas perdidas infantilmente.
Na segunda parte não remataram uma única vez à baliza adversária e os espanhois fizeram circulação e posse de bola durante longos períodos, sem que os jogadores portugueses se esforçassem muito para lhes roubar a bola.
Para quem como eu acreditava num jogo extraordinário da nossa Selecção e na possível eliminação dos espanhois, foi uma profunda decepção e uma angustiante desilusão. Carlos Queiroz havia dito que este jogo ia ser diferente porque agora quem perdesse ia mais cedo para casa e que o único resultado que lhe interessava era a vitória e que a equipa das quinas ia entrar em campo para ganhar.
Pois bem, muita parra e pouca uva. Só conversa fiada porque a resposta dada em campo foi realmente um fiasco para não dizer uma vergonha.
E nem me venham dizer, para atenuar a derrota, que só perdemos por 1-0 porque nem sequer o resultado espelha o que se passou em campo. E depois, perder por um ou por três, as consequências foram as mesmas: corridos do Mundial nos oitavos-de-final, sem honra e sem glória.
De toda a equipa, apenas um atleta merece os meus parabens e o meu forte aplauso: EDUARDO. Fui daqueles que não vi com muito bons olhos a sua titularidade na Selecção mas reconheço que estava errado e só tenho que o felicitar e dar-lhe os parabéns.
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