
Portugal partiu para o terceiro jogo praticamente apurado para os oitavos-de-final, já que seria impensável que a Costa do Marfim infligisse uma goleada de 9 ou 10-0 à Coreia do Norte, como de facto não veio a acontecer.
A Selecção Portuguesa, para evitar a poderosa equipa espanhola nos oitavos, necessitava de vencer o Brasil. Porém, em toda a primeira parte, a canarinha exerceu um domínio avassalador sobre a equipa portuguesa e não chegou ao golo em duas ou três ocasiões porque não calhou. Teve uma maior posse de bola e teve a seu favor, em resultado desse domínio mais de meia dúzia de cantos, contra zero de Portugal. A equipa das quinas jogou muito retraída no seu meio-campo, muito compenetrada a defender e completamente inofensiva no ataque. Cristiano Ronaldo raramente foi servido em condições de poder criar perigo na baliza de Júlio César.
Esteve bem o Guarda-redes Eduardo ao desviar para a barra da baliza, um remate perigosíssimo de Nilmar. Enfim... a primeira parte não augurava nada de bom para a segunda, a não ser que alguma coisa mudasse, para melhor, na equipa portuguesa.
Verdade seja dita que na segunda parte a equipa das quinas entrou em campo com outra atitude e passou a ser mais perigosa e a ter mais posse de bola.
De certa forma, pode-se dizer que começou a impôr um pouco mais de respeito aos irmãos brasileiros que Cristiano Ronaldo em duas ou três boas arrancadas consolidou. Raul Meireles teve no pé esquerdo a possibilidade de inaugurar o marcador mas Júlio César inextremis, desviou para canto.
Em alguns momentos do jogo, não se percebeu a intranquilidade e a falta de discernimento de alguns jogadores, no momento de se desfazerem da bola e servir os companheiros. Em muitas ocasiões, a bola foi perdida infantilmente, permitindo desarmes patéticos, por falta de concentração. A posse de bola também não foi conseguida na primeira parte porque os jogadores portugueses só se preocupavam em aliviar, chutando para onde estavam virados, em vez de endossarem a bola aos companheiros que se encontravam desmarcados.
Carlos Queiroz disse no final do jogo que a primeira fase foi jogada com o pensamento no apuramento, fazendo a gestão dos três jogos, de maneira a conseguir os pontos necessários. E depois disse que os próximos jogos têm que ser planeados para ganhar porque só o vencedor segue em frente.
Vamos esperar para ver como vai Carlos Queiroz orientar a estratégia da equipa frente à Espanha. No final do encontro, vamos ver o que é que mudou relativamente aos jogos da primeira fase e se realmente a Selecção Portuguesa jogou efectivamente para ganhar.
Os espanhóis ficaram contentes e festejaram por lhes ter calhado Portugal em vez do Brasil. O meu desejo é que lhes saia o tiro pela culatra e que a Selecção de todos nós se imponha categoricamente a nuestros hermanos, passando aos quartos-de final.
Em meu entender, Portugal tem valor suficiente para vencer os espanhóis, desde que entrem em campo os melhores 11 jogadores com ambição de ganhar e com vontade de aplicar em campo todas as energias, levando o seu esforço até onde for possível. Se triunfarem frente aos espanhóis, os portugueses ficar-lhe-ão gratos. Portugal vive dias tão difíceis e os portugueses andam tão desmotivados e tristes que bem merecem que a sua Selecção lhes ofereça um grande momento de alegria.
Lembrar ainda que Cristiano Ronaldo, é sem dúvida a grande estrela da selecção Portuguesa e foi nos três jogos realizados, o jogador mais perigoso e também o mais vigiado pelos adversários. A FIFA reconheceu-lhe esse valor e elegeu-o o melhor joghador nos três encontros da fase de apuramento. É necessário que Cristiano Ronaldo brilhe ainda muito mais nos jogos que faltam.
FORÇA PORTUGAL!!! FORÇA SELECÇÃO!!! Ajudem este País a sair desta prolongada e enervante apatia, ganhando aos espanhois.
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