domingo, 7 de março de 2010

A DESCOLACEM ACONTECEU À 22ª JORNADA


O Benfica fez mais uma grande exibição frente à excelente equipa do Paços de Ferreira, vencendo o jogo com todo o mérito por 3-1, resultado ainda assim escasso para tantas oportunidades de golo.

Os encarnados entraram em campo com enorme atitude, pressionando os jogadores do Paços e imprimindo grande velocidade às jogadas sempre que tinham a bola. Os primeiros 15 minutos foram demolidores e logo desde o início se adivinhava o golo. Ele surgiu aos 13 minutos na sequência de um passe de Di Maria para Cardoso e este já na grande área devolveu, de cabeça, para Ruben Amorim que emendou, também de cabeça, para o fundo das redes.

Mas o jogo estava completamente dominado pelos encarnados que continuaram a jogar em grande velocidade, com passes ao primeiro toque e aos 17 minutos, Di Maria, Sempre ele, endoçou a bola para Saviola e este, já dentro da grande área, livrou-se de um adversário e de pé esquerdo, chutou certeiro para o 2º golo.

A ganhar por 2-0, a equipa encarnada continuou a jogar em velocidade e a fazer pressing sempre que ficavam sem a bola. Até à meia hora de jogo, a equipa lisboeta criou várias oportunidades de golo e só não marcou mais golos porque o guarda-redes do Paços esteve imperial. Porém, no último quarto de hora da primeira parte, a equipa abrandou o ritmo de jogo e então foi possível ao Paços ensaiar algumas jogadas de contra-ataque e num deles, após um cruzamento longo da esquerda para a direita, apareceu William a cabecear fora do alcance de Quim, levando a melhor sobre Coentrão, reduzindo para 2-1.

No segundo tempo, o figurino do jogo não se alterou e se o Benfica não estivesse tão perdulário, teria marcado mais golos. O Paços ia respondendo como podia e mercê da infelicidade da equipa da casa, ia ganhando ânimo para continuar a lutar. O jogo acabou para o Paços aos 58 minutos quando Cardozo fez o terceiro golo, com alguma sorte, já que a bola tabelou em Jorginho e traiu o guarda-redes Coelho.

Até ao final, o jogo continuou interessante, com ambas as equipas a tentarem chegar ao golo mas foi o Benfica que mais perto esteve de ampliar o resultado porque na verdade fez mais uma excelente exibição. O Paços foi uma equipa digna porque jogou o jogo pelo jogo e mesmo no capítulo disciplinar, pode dizer-se que não houve casos.

O árbitro do Porto, Soares Dias, o mesmo que esteve nos empates contra o Marítimo e o Olhanense, ainda cometeu algumas gafes, não deixando de mostrar cartões amarelos a Di Maria e Saviola e até a Luisão, sem que tal se justificasse. Por várias vezes Di Maria foi travado em falta e o Senhor Soares Dias fez vista grossa. Nos jogos que este Juiz dirigiu, o Benfica não tinha ganho e provavelmente apostaram nele para ver se continuava a dar sorte. Enganaram-se, porque desta vez o Benfica estava preparado para vencer o Paços e a equipa de arbitragem.

À 22ª jornada, o Benfica consegue descolar do Braga e afastar-se definitivamente do Futebol Clube do Porto. O título está à distância de oito jornadas e agora só tem que empenhar-se em vencer todos os jogos, sabendo-se que todos vão ser difíceis.

Di Maria fez um grande jogo mas Carlos Martins também este em bom nível. A equipa vale pelo seu todo. É um conjunto solidário, com grande espírito de sacrifício durante toda a partida. Este é um Benfica como já não se via há duas décadas.

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