domingo, 18 de outubro de 2009

NÃO ERA PRECISO TANTO SOFRIMENTO, CARAMBA!


A fase de apuramento para o Mundial de 2010 na África do Sul, não correu nada bem a Portugal, num grupo em que o primeiro lugar estava ao seu alcance, se nos lembrarmos que Dinamarca, Suécia, Hungria, Albânia e Malta, são selecções que não têm o potencial da selecção das quinas, na qual militam alguns dos melhores jogadores a nível mundial.

A Selecção Portuguesa teve alguns maus resultados que não se justificam e tal deveu-se ao facto de não ter jogado bom futebol. De facto, assim foi. A equipa das quinas não conseguiu fazer as exibições a que nos tinha habituado no reinado do Senhor Scolari e, por isso mesmo, perdeu em casa com a Dinamarca e empatou com a Albânia e a Suécia, jogos que tinha obrigação de ganhar. Foram sete pontos preciosos que impediram Portugal de chegar ao primeiro lugar e ao apuramento directo e esteve mesmo em causa o segundo lugar que lhe dá acesso a um decisivo "play-off", caso a Dinamarca não tivesse vencido a Suécia.

Na classificação final do Grupo 1, a Suécia acabou por ficar a apenas um ponto de Portugal e até a Hungria foi sempre à frente, até ao antepenúltimo jogo, precisamente até ao confronto com a equipa de todos nós que acabou por ganhar por 1-0 e passar para a frente com o mesmo número de pontos (13).

Em minha opinião, nesta fase de grupos, a Selecção Nacional não atingiu grandes níveis exibicionais, houve muitos passes errados e muitas perdas de bola, pelo facto de alguns jogadores não serem lestos na entrega aos companheiros melhor colocados. Em muitos momentos os jogadores não funcionaram como uma equipa, procurando cada um resolver uma tarefa que pertence a todos e tornando o jogo feio, desmotivante e quezilento.

A equipa portuguesa tem potencialidades para fazer mais e melhor mas para isso, muita coisa tem que mudar muito rapidamente e, se possível, já para o "play-off", para que a Selecção possa apurar-se sem grande sofrimento, vencendo os dois jogos.

Carlos Queiroz tem muita responsabilidade na forma de jogar da Selecção e já teve tempo para apresentar um modelo de jogo mais consistente e mais eficaz. Ninguém tem dúvidas sobre o saber e a competência do Seleccionador Nacional mas os resultados são, quase sempre, o factor decisivo para avaliação do trabalho do treinador.

Se Portugal não fosse ao Mundial, tendo em conta o grupo acessível a que pertence, provavelmente, Carlos Queiroz, ficaria com muito pouca margem de manobra para continuar à frente da Selecção.

Faço votos para que o sorteio destine a Portugal uma Selecção acessível no "play-off" para que os excelentes jogadores que fazem parte da Selecção das Quinas possam passear a sua classe no Mundial da África do Sul e, ao mesmo tempo, conquistem um lugar honroso para as cores lusitanas.

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