sábado, 31 de outubro de 2009

AFINAL, ONDE ESTÁ O ESTOFO DE CAMPEÃO?

Este Braga mostrou ser uma equipa capaz de lutar pelo título
No duelo dos dois primeiros, há que dar os parabéns à sensacional equipa do Sporting de Braga que, contrariamente aquilo que eu esperaria, iniciou o jogo deliberadamente ao ataque, empurrando o Benfica para a sua área e criando alguns lances de perigo, vindo a concretizar o seu primeiro golo, aos 7 minutos, através da marcação de um livre, bem executado por Hugo Viana, na sequência de todo esse caudal ofensivo.

O Benfica não conseguia explanar o seu habitual futebol, fruto do acerto das marcações por parte dos jogadores do Braga que se mostraram soltos e atrevidos, jogando de igual para igual e acima de tudo com muita mais motivação e convicção.

Pode dizer-se que se assistiu a uma interessante primeira parte, com ataques alternados e com oportunidades para os dois lados mas o resultado ao intervalo mantinha-se em 1-0.

Na entrada para as cabines gerou-se alguma confusão e Cardoso e Leone acabaram por receber ordem de expulsão, regressando as equipas dos balneários com dez jogadores para disputar a segunda parte que acabaria por ter algum domínio por parte do Benfica mas sem qualquer aproveitamento em termos de golos.

Com o resultado em 1-0, estava tudo em aberto para a segunda parte mas aos 78 minutos, Paulo César sentenciou a partida, marcando o segundo golo bracarense. Depois foi só gerir bem a posse de bola, o que conseguiu e esperar pelo final da partida para festejar uma grande vitória e, ao mesmo tempo, o primeiro lugar na Liga Sagres, agora a 3 pontos do Benfica, 5 do Futebal Clube do Porto e 13 do Sporting.

Claro que houve algumas incidências durante o encontro que mereceriam análise, nomeadamente o golo anulado a Luisão que parece ter sido obtido dentro da legalidade e algumas faltas assinaladas ao contrário mas não se deve retirar mérito à vitória do Sporting de Braga que está a fazer um primeiro terço do campeonato excelente e que deve ser reconhecido por todos quantos, como eu, são verdadeiros desportistas.

Quanto ao Benfica, ficou muito aquém daquilo que tem jogado e, por isso mesmo, não conseguiu um resultado positivo e a certeza de que se pretende ser campeão terá que produzir mais e melhor futebol.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

TERÁ O BENFICA ESTOFO DE CAMPEÃO? AMANHÃ TEREMOS A RESPOSTA


Amanhã à noite (21,15), realiza-se em Braga, um grande teste à capacidade futebolística do Benfica da época 2009/2010 que até ao momento soma sete vitórias e um empate, cedido na primeira jornada, no seu estádio, perante o Marítimo.

Este Benfica tem superado todas as expectativas, não só pelo excelente futebol que pratica, mas também pela capacidade concretizadora pois em oito jornadas marcou 30 golos e sofreu apenas 5, tendo melhorado como equipa, relativamente às épocas anteriores, de forma abissal.

Este teste de amanhã contra o Sporting de Braga, é absolutamente necessário e vem na melhor altura porque a equipa minhota, segue empatada no primeiro lugar com o Benfica e soma também sete vitórias e um empate, apresentando um score de 14 golos marcados e apenas 4 sofridos, cotando-se como a melhor defesa do campeonato.

Em futebol, o resultado é sempre uma incógnita porque um grande número de vezes, nem sempre o melhor ganha e o resultado final depende muito das incidências de cada jogo, nomeadamente, da inspiração dos atletas, da boa ou má leitura dos treinadores e das respectivas substituições, das lesões, dos erros de arbitragem, das condições climatéricas, do ambiente no estádio, etc., etc.

Amanhã vai ser um daqueles jogos em que os atletas das duas equipas vão dar o máximo e tentar render a cem por cento e, no entanto, fazendo uma previsão baseado na prestação das duas equipas até ao presente momento da Liga Sagres e tendo em conta o seu ataque demolidor e a solidez de todos os sectores da equipa, inclino-me para uma vitória do Benfica, assegurando assim, pela primeira vez, esta época, o primeiro lugar isolado na classificação.

De resto, uma equipa com estofo de campeão e para chegar ao ambicionado título, tem que ser capaz de ganhar todos os jogos, especialmente aqueles em que defronta os seus adversários mais directos.

Foi assim no passado, relativamente aos títulos conquistados pelo Futebol Clube do Porto que com a maior das facilidades se impôs ao longo destes últimos vinte anos, arrancava vitórias em Braga, em Guimarães mas também em Alvalade e na Luz, chegando quase sempre ao final do campeonado com 15/20 pontos de avanço.

Este Benfica 2009/2010, para se impôr como grande candidato ao título, só tem que ganhar, amanhã, ao Sporting de Braga, nem que seja pela diferença mínima, demonstrando dentro das quatro linhas superioridade sobre o adversário e considerado pela crítica, no final do jogo, um justo vencedor.

Porém, se o Sporting de Braga conseguir um resultado positivo, aí teremos que concluir que o Benfica ainda não tem o tal estatuto de campeão e, por outro lado, quererá também dizer que a equipa arsenalista tem futebol e condições para disputar o primeiro lugar da classificação com os eternos candidatos ao título.

O que vai acontecer, só o saberemos amanhã, sábado, lá para as 23 horas mas já agora e antes de terminar este apontamento, gostaria de desejar um bom espectáculo de futebol, sem casos de indisciplina dos atletas e da arbitragem e, no fundo, que ganhe o melhor, aquele que durante os noventa minutos mais se empenhou e lutou pela vitória.

Se assim acontecer, ganhe quem ganhar, o espectáculo futebol sairá sempre vencedor.

domingo, 18 de outubro de 2009

TAÇA DE PORTUGAL - BOA ENTRADA DO BENFICA

O Benfica iniciou a sua participação na Taça de Portugal com uma deslocação a Torres Novas para jogar com o Monsanto que milita na segunda divisão, zona centro, ganhando por 6-0, embora tenha chegado ao intervalo com o resultado em 1-0, golo de Felipe Meneses aos 29 minutos, em jogada vistosa individual.

Para que o Monsante não sofresse mais golos durante a primeira parte, muito contribuiu a toada moderada com que o Benfica actuou, pensando que com o passar do tempo, os golos haveriam de aparecer.

Por várias vezes, ao longo dos primeiros 45 minutos, Jorge Jesus deu sinais de insatisfação e gesticulou para dentro do campo, procurando despertar os jogadores.

Depois do intervalo tudo mudou, os jogadores benfiquistas imprimiram outro ritmo ao jogo e os atletas do Monsanto começaram a sentir muitas dificuldades para parar os seus ataques continuados que punham constantemente em perigo a baliza de René.

Com a equipa do Monsanto a passar por sérias dificuldades físicas, não admira que o Benfica tenha marcado 5 golos na segunda parte e tenham ficado outros tantos por marcar, umas vezes por precipitação dos avançados e outras por manifesta infelicidade.

De referir que o resultado aos 84 minutos estava em 3-0 e que nos últimos cinco minutos foram marcados mais três golos.

O Benfica pode não ser ainda uma grande equipa a nível mundial mas não há dúvidas que muita coisa mudou desde a última época. A equipa joga um futebol mais atractivo, mais concretizador, mais consistente e a prova está nos resultados entretanto alcançados, na Liga Sagres, na Liga Europa e, agora, na Taça de Portugal.

Como corolário deste bom momento, o Benfica vai em segundo lugar, ainda sem derrotas, na Liga Sagres, está no bom caminho para ultrapassar a fase de grupos da Liga Europa e entrou com o pé direito na Taça de Portugal; é a equipa mais concretizadora com 24 golos e apenas 4 sofridos e Cardoso é o melhor marcador da Liga Sagres. Isto já não acontecia no Sport Lisboa e Benfica há muitos anos, sendo por isso um bom indício.

A equipa tem um bom lote de jogadores para formar a equipa principal e tem boas soluções no banco de suplentes. A época desportiva 2009/2010 ainda vai no adro mas já dá para ver que muita coisa mudou no Benfica, para melhor.

À volta deste bom momento do Benfica reina um grande entusiasmo e a nação benfiquista anda sorridente e muito satisfeita, esperançada que desta vez o Glorioso não só vença a Liga Sagres como faça também óptima figura nas competições internacionais.

NÃO ERA PRECISO TANTO SOFRIMENTO, CARAMBA!


A fase de apuramento para o Mundial de 2010 na África do Sul, não correu nada bem a Portugal, num grupo em que o primeiro lugar estava ao seu alcance, se nos lembrarmos que Dinamarca, Suécia, Hungria, Albânia e Malta, são selecções que não têm o potencial da selecção das quinas, na qual militam alguns dos melhores jogadores a nível mundial.

A Selecção Portuguesa teve alguns maus resultados que não se justificam e tal deveu-se ao facto de não ter jogado bom futebol. De facto, assim foi. A equipa das quinas não conseguiu fazer as exibições a que nos tinha habituado no reinado do Senhor Scolari e, por isso mesmo, perdeu em casa com a Dinamarca e empatou com a Albânia e a Suécia, jogos que tinha obrigação de ganhar. Foram sete pontos preciosos que impediram Portugal de chegar ao primeiro lugar e ao apuramento directo e esteve mesmo em causa o segundo lugar que lhe dá acesso a um decisivo "play-off", caso a Dinamarca não tivesse vencido a Suécia.

Na classificação final do Grupo 1, a Suécia acabou por ficar a apenas um ponto de Portugal e até a Hungria foi sempre à frente, até ao antepenúltimo jogo, precisamente até ao confronto com a equipa de todos nós que acabou por ganhar por 1-0 e passar para a frente com o mesmo número de pontos (13).

Em minha opinião, nesta fase de grupos, a Selecção Nacional não atingiu grandes níveis exibicionais, houve muitos passes errados e muitas perdas de bola, pelo facto de alguns jogadores não serem lestos na entrega aos companheiros melhor colocados. Em muitos momentos os jogadores não funcionaram como uma equipa, procurando cada um resolver uma tarefa que pertence a todos e tornando o jogo feio, desmotivante e quezilento.

A equipa portuguesa tem potencialidades para fazer mais e melhor mas para isso, muita coisa tem que mudar muito rapidamente e, se possível, já para o "play-off", para que a Selecção possa apurar-se sem grande sofrimento, vencendo os dois jogos.

Carlos Queiroz tem muita responsabilidade na forma de jogar da Selecção e já teve tempo para apresentar um modelo de jogo mais consistente e mais eficaz. Ninguém tem dúvidas sobre o saber e a competência do Seleccionador Nacional mas os resultados são, quase sempre, o factor decisivo para avaliação do trabalho do treinador.

Se Portugal não fosse ao Mundial, tendo em conta o grupo acessível a que pertence, provavelmente, Carlos Queiroz, ficaria com muito pouca margem de manobra para continuar à frente da Selecção.

Faço votos para que o sorteio destine a Portugal uma Selecção acessível no "play-off" para que os excelentes jogadores que fazem parte da Selecção das Quinas possam passear a sua classe no Mundial da África do Sul e, ao mesmo tempo, conquistem um lugar honroso para as cores lusitanas.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

LIGA SAGRES - 7ª JORNADA


Concluiu-se na segunda-feira, dia 5-10-2009, a 7ª jornada da Liga Sagres, com a realização da partida entre o Paços de Ferreira e o Benfica que terminou com a vitória dos encarnados por 3-1, depois de ter chegado ao final da primeira parte a vencer por 3-0, tendo sido sujeito a muito trabalho em toda a segunda parte, com a equipa do Paços a criar algumas boas ocasiões para marcar, o que só aconteceu uma vez.

Referir como aspectos mais relevantes da jornada, a sétima vitória consecutiva do Braga sobre o Vitória de Setúbal 2-0, embora com alguma dificuldade, já que o golo da confirmação e da tranquilidade só foi marcado já em período de descontos, continuando isolado no primeiro lugar com 21 pontos, merecendo também destaque a vitória do Marítimo em casa da Académica por concludente 4-2; lembrar também a reviravolta operada no Leixões/União de Leiria que a perder por 2-0, os matosinhenses acabaram por conquistar uma brilhante vitória por 3-2.

Dar também realce a Augusto Inácio que desde que tomou conta da Naval 1º de Maio, perdeu o primeiro jogo em casa por 1-0, à 5ª jornada, contra o Vitória de Setúbal mas depois foi ganhar ao Marítimo e nesta ronda, derrotou o Rio Ave, em casa, por 3-2 e já abandonou os últimos lugares da tabela classificativa, por troca com a Académica e com o Setúbal, encontrando-se agora no 11º lugar, com 7 pontos.

Também o Nacional da Madeira continua em recuperação, ganhando desta vez ao Vitória de Guimarães por 2-0 e cujos golos resultaram da conversão de duas grandes penalidades. O Vitória ocupa um modesto 12º lugar na tabela classificativa e por via dos maus resultados, o seu treinador, Nelo Vingada já foi despedido.

Também não podemos deixar de fazer referência ao empate a zero, conseguido pelo Belenenses em Alvalade, tendo o jogo confirmado aquilo que se tem vindo a constatar sobre o fraco rendimento da equipa do Sporting, a atravessar um mau momento e quando Liedson não marca, normalmente não ganha.

Este empate colocou o Sporting a 10 pontos do 1º classificado, mas por outro lado, premiou a equipa de Belém, moralizando os seus jogadores para os próximos compromissos.

Quanto ao jogo entre o Olhanense e o Futebol Clube do Porto, não houve qualquer surpresa, acabando os portistas por vencer o encontro por 3-0. O Olhanense aguentou-se muito bem no primeiro quarto de hora, criando até algumas situações de perigo para a baliza de Helton, mas depois baixaram de rendimento e o Porto tomou conta do jogo, criando muitas situações de golo que só não foram concretizadas devido a algumas boas defesas do guarda-redes e a algumas perdidas escandalosas dos avançados portistas.
É verdade que o árbitro não assinalou uma grande penalidade a favor do Olhanense e não expulsou Álvaro Pereira numa jogada em que atingiu o adversário com o antebraço na cara mas depois, também acabou por compensar a equipa de Olhão, poupando uma agressão idêntica e uma entrada sobre Hulk, ambas merecedoras de cartão vermelho. O que está mal na arbitragem, é não serem sancionadas todas as faltas e com os mesmos critérios, no exacto momento em que acontecem, sem olhar à importância dos cluges e à cor da camisola dos atletas.
A arbitragem terá muito a ganhar, no dia em que os árbitros deixarem de render vassalagem às pessoas que têm poder no futebol e começarem a tratar toda a gente por igual.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

AEK/BENFICA - Liga Europa

O momento em que os jogadores do AEK festejam o golo de Majstorovic

O Benfica entrou no Estádio Olímpico de Atenas com todas as possibilidades de construir um resultado positivo, tanto mais que o estádio não tinha mais que meia casa e os adeptos, ao contrário do que é habitual, não estavam muito entusiasmados, devido aos maus resultados da equipa e, por isso mesmo, com os níveis de euforia muito em baixo.

Por outro lado, a equipa do AEK, iniciou o jogo com mil cautelas defensivas, jogando devagar, tão devagar que o Benfica se deixou contagiar de tal maneira que começou a jogar ainda mais devagar que o seu adversário.

A partir do momento em que a equipa grega se apercebeu que não havia razões para temer o Benfica que passou quase dois terços da primeira parte completamente inofensivo, sem garra, sem alegria e sem colectivo.

Durante toda a primeira parte, o Benfica foi uma sombra daquela equipa que tem disputado a Liga Sagres, parecendo que os seus jogadores nunca tinham jogado juntos e a pretenderem, cada um por si, em jogadas individuais, chegar ao golo.

Esta actuação facilitou a tarefa da equipa contrária que com alguma facilidade foi sustendo as incursões de Di Maria, Saviola, Aimar e Ramires que apareciam sempre muito desemparados, acabando por perder a bola e abortar algumas boas jogadas.

A actuar de maneira tão displicente, não admira que o AEK chegasse ao golo, a dois minutos do intervalo, na sequência de um pontapé de canto, em que Luisão foi batido, de cabeça, pelo jogador mais alto da equipa grega, Majstorovic.

Por toda a apatia demonstrada durante a primeira parte, o golo do AEK foi um justo castigo e esperava-se que o Benfica fosse capaz de alterar a sua atitude em campo, na segunda parte e inverter o rumo dos acontecimentos.

Embora a equipa encarnada tenha regressado do balneário com um pouco mais de atitude, a verdade é que as coisas não se alteraram muito porque os adversários foram sempre mais combativos, mais lutadores, mais esforçados e foram sempre resolvendo as situações de apuro na sua baliza, tanto mais que o guarda-redes estava em noite inspiradíssima e defendeu tudo quanto havia para defender, algumas vezes, de forma espectacular.

Sem qualquer tipo de surpresa, o jogo acabou com o resultado em 1-0, sendo a equipa do Benfica a única culpada do inesperado desaire, já que a equipa do AEK demonstrou ser um conjunto vulgaríssimo, completamente acessível mas que por motivos que não se compreendem, a equipa portuguesa não produziu jogo suficiente para justificar um resultado positivo.

Vamos esperar que o jogo de atenas não tenha constituído uma viragem no bom futebol que o Benfica vinha praticando desde a pré-época.

Ou será que o Benfica não tem uma equipa com dimensão europeia e se resume apenas a um conjunto com alguma competência nas provas nacionais?

A resposta vai ser dada no próximo jogo, dia 22 de Setembro, com o Everton, em casa. O Benfica terá oportunidade de demonstrar se tem ou não tem dimensão europeia e a possibilidade de transmitir aos seus adeptos e ao mundo do futebol, em geral que a derrota em Atenas foi um acidente e que é um sério candidato à conquista da Liga Europa.